Só Templates

Myspace amigos da onça



Créditos





domingo, 30 de agosto de 2009

Maus tratos com animais em rodeios

“Nenhum animal deve ser explorado para divertimento do homem” Art. 10º da Declaração Universal dos Direitos dos Animais - da ONU

Montada em uma estrutura milionária que gera um impacto econômico de R$ 200 milhões, o rodeio de Barretos é o maior do Brasil e praticamente cresce a cada ano. A festa atrai 1,2 milhões de turistas e conta com uma infra-estrutura gigantesca como hotéis, parque aquático e dezenas de shows dos mais conceituados artistas sertanejos e populares da música brasileira. Com dois milhões de metros quadrados, o Parque do Peão, onde acontece à festa é uma mini-cidade com estação rodoviária, hospitais, centro odontológico, áreas de camping, hípica, heliportos e policiamento. O público alvo é constituído pela classe média alta de São Paulo e turistas de vários estados e países. Diante dessa grandiosidade, quem é que se atreve a defender um simples touro, cavalo ou bezerro que serão vítimas de sofrimento, de dor e de humilhação?

De 21 a 31 de agosto acontece o grande rodeio, divertimento e alegria para pessoas insensíveis que só pensam em desfrutar do melhor da vida, esquecendo que a vida não se restringe apenas aos humanos, mas é ampla e abarca toda a vida animal que também sofre, sente dor, medo, tristeza e tudo mais que os humanos sentem. É o sofrimento dessas vidas esquecidas e massacradas pela violência que fará a alegria da festa. A cada cavalo que sai pulando de dor pela arena a multidão aplaude o peão que o monta com ares de herói. A grande multidão desconhece o sofrimento do cavalo e os que conhecem se fazem de esquecidos. Quando um bezerro com pouco tempo de vida dispara pela arena assustado, o grande herói da multidão, muito bem paramentado com roupas de couro, montado em um ágil cavalo, o persegue e o laça com rudeza e crueldade às vezes lhe causando a morte instantânea. Mesmo assim, esse grande herói é aplaudido como se tivesse realizado um grande feito. Essa é a grande expressão de covardia de todo um povo, causar sofrimentos aos animais por dinheiro, por orgulho, exibicionismo e falta de sentimentos mais nobres. A boca fala do que o coração sente. Se a boca grita e aplaude essas covardias, é porque o coração está cheio dessas mesmas misérias. Divertir-se a custa de sofrimentos é grau mais baixo que pode chegar o ser humano.

Fica difícil definir se o pior do rodeio é sua realização ou as leis que o apóiam e outras que não protegem os animais. É claro, como já foi dito, o rodeio no Brasil está alicerçado pelos poderosos; grandes empresários, a indústria da propaganda, dos shows e do turismo. Estes mesmos tem o poder de convencer mandatários políticos no sentido de serem favorecidos. Assim é praticamente impossível erradicar a indústria do rodeio. Os poucos que defendem os animais e que são contra o evento são tidos ou como loucos ou anti-sociais. Já nos tempos do governo Henrique Cardoso, o mesmo mudou o status do peão, para “atleta”. Então segundo esse ponto de vista atletismo é a prática de violência contra seres indefesos e inofensivos. Não bastasse a infelicidade do referido governo, o senado aprovou o uso de instrumentos de tortura nos rodeios.

.Os animais sofrem para que os humanos se divirtam
Os animais não são agressivos, ao contrário, são dóceis e inocentes, mas através dos objetos de tortura são forçados a demonstrar um comportamento de defesa bravio e selvagem, que por natureza não é deles, tudo para que o peão pareça um herói corajoso e destemido diante do público. É, portanto um show realizado com base numa farsa e numa mentira para enganar a multidão. Os que defendem a farsa do rodeio alegam que o animal sofre apenas durante 8 segundos. Esquecem de mencionar o tempo antes e depois em que o animal fica com os instrumentos de tortura nem mencionam as incontáveis horas de treino do peão com o mesmo animal.


.Modalidades principais usadas em rodeios dos Estados Unidos e do Brasil
Laçada do bezerro: (não usado no Brasil) Animais novos, alguns com poucos dias de vida. É perseguido pelo peão em alta velocidade, laçado e derrubado ao chão. Quando o animal é laçado o cavalo é freado bruscamente. O laço às vezes provoca a ruptura da medula ocasionando a morte instantânea. Outros sofrem rompimento parcial ou total da traquéia. Ao ser jogado com violência ao chão, causa fratura de vários órgãos internos provocando morte lenta e dolorosa.
Laço duplo: Dois peões saem em perseguição ao bezerro um deles laça a cabeça e o outro as pernas. Cada um vai para um lado esticando o animal o que lhe provoca distensões de ligamentos e tendões e músculos machucados.
Bulldog: Dois peões perseguem o animal em velocidade. Um deles o segura pelos chifres e o derruba torcendo seu pescoço.
Montaria em touros e cavalos: Tanto touros quanto cavalos são apertados com o sedém uma corda que áspera que passa pelos órgãos para provocar-lhes dor fazendo-os pular na tentativa de livrar-se.

.Os equipamentos de tortura:
Sedém: É uma tira de couro ou crina que é amarrada em torno do animal passando pelo penis ou saco escrotal. Ao sair para a arena essa corda é puxada com força pelo peão comprimindo os canais que ligam os rins à bexiga o que faz o animal saltar desesperado procurando libertar-se da dor terrível, que a platéia entende como animal bravio. Além da dor, pode também provocar ruptura viscerais e internas. Dependendo do caso pode provocar a morte. Assim que o animal é liberto do sedém volta a ficar calmo e dócil, mas isto não é mostrado ao público.
Objetos pontiagudos: Pregos, pedras, alfinetes e arames em forma de anzol são colocados nos sedenhos ou sob a sela do animal.
Esporas: São aplicadas pelo peão no baixo ventre e às vezes no pescoço e na cabeça do animal.
Pimenta e outras substâncias: São introduzidos no animal para que este fique irritado e nervoso.
Peiteira e Sino: É uma faixa de couro amarrada ao redor do animal atrás da axila, causa imensa dor e lesões.

matéria retirada do site: http://www.manualdocachorro.com.br/crueldade/maus-tratos-com-animais-em-rodeios

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Gato de rua

Agora nós iremos contar uma história real, que aconteceu com uma de nossas fundadoras. Ao sair de casa, percebeu que tinha um gatinho de aproximadamente uns sete meses de vida abandonado. Imediatamente o pegou e levou para dentro de sua casa, dando comida e conforto, e perceberam que o gato estava mal, com bixera e muito bravo . Foi ai que o levou para o veterinario, que disse que não sabia exatamente o que era, mais era pra colocar calmante no leite e levar no dia seguinte para verem com detalhes o que o gato tinha. O gatinho então dormiu em sua casa e no dia seguinte, sua mãe levou o gato novamente no veterinario. Horas após, o consultorio liga para sua casa dizendo que tiveram que sacrificar o gatinho pois as larvas já tinham atacado seu esofago.
Por isso que sempre digo, não abandone os animais ! E se ver um animal abandonado, não precisa pegar necessariamente, mais ligue imediatamente para a Zoonose - SEMAN - Serviço de Apreensão de Animais, no telefone (13) 3596-1882, onde se localiza na R.: Antônio Candido da Silva, S/N ou então o leve para a Associação de Amparo aos Animais de Praia Grande, que se encontra na Av. Costa e Silva 794 / 3º Andar nº11700.
NÃO COMPRE, ADOTE. NÃO ABANDONE, CUIDE!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Maus tratos em circo






Denunciem qualquer tipo de violencia ao animal!




Video retirado de http://video.globo.com/

sábado, 22 de agosto de 2009

nossos melhores amigos



eles nunca vão nos abandonar!

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Crime de maus-tratos a animais tem pena branda.


Denúncias podem ser feitas em delegacias ou associações de proteção animal.Segundo advogada, por medo de represária, muita gente não relata casos à polícia.

Casos de maus-tratos a animais, como o que ocorreu na semana passada em Brasília, quando um cão foi espancado pelo próprio dono, são mais comuns do que se imagina. Segundo a advogada Karem Scheid, responsável pela ONG Onda - Organização Nacional de Defesa Animal, de Cachoeirinha (RS), muitas situações de maus-tratos não são denunciadas e, por isso, não chegam sequer ao conhecimento das associações de proteção animal. “A maioria das pessoas não quer ser identificada, ou por se tratar de um vizinho ou por medo de represália. Por isso não denuncia os maus-tratos que muitas vezes testemunha. Mas a omissão também pode representar perigo”, afirma.
Segundo Marco Ciampi, presidente da ONG Arca Brasil, em alguns países, a agressividade com animais domésticos é investigada como um risco à sociedade. “Vemos pessoas fazendo coisas inacreditáveis com cães e gatos e muitas vezes os agressores estão na própria família. Quem faz isso com um animal indefeso, pode representar risco a qualquer um”, afirma Ciampi.
De acordo com Lei 9.605/98, dos Crimes Ambientais, maus-tratos contra animais domésticos, nativos ou exóticos caracterizam crime e podem render pena de detenção de três meses a um ano e multa, o que é considerado por especialistas uma pena branda. Ainda assim, é comum ver donos que não chegam a cumprir sua detenção. “O que ocorre na maioria dos casos é o que se chama de transação penal. É possível substituir uma pena de detenção por uma pena restritiva de direito ou pagamento de multa, que pode ser convertida em cesta básica”, afirma Karem. A advogada ressalta ainda que as associações ou ONGs ligadas à causa animal podem se cadastrar junto ao Ministério Público para receber o valor da multa ou até mesmo para que a pessoa preste serviço na entidade como cumprimento da pena.
.Denúncia Para denunciar maus-tratos a animais, qualquer pessoa pode fazer um Boletim de Ocorrência junto à delegacia de polícia mais próxima ao local do fato. O responsável pelos maus-tratos deve ser identificado e seu endereço deve ser registrado. Outra maneira de denunciar é encaminhar o caso a uma associação ou ONG de proteção animal.
.Brasília
Na semana passada, um rapaz de Brasília foi multado em R$ 2 mil por ter espancado o próprio cachorro, Bob, um poodle preto de quatro meses. Segundo testemunhas, as agressões eram recorrentes.
O jovem de 18 anos foi denunciado por vizinhos que o viram chutar o cão e jogá-lo contra a parede, quebrando sua pata. Depois de sair da clínica veterinária, onde ficou cinco dias internado, o cachorro já está sob os cuidados de uma nova família.Ao se apresentar ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o rapaz foi autuado por maus-tratos. Além de pagar a multa, o Ibama ainda irá encaminhar um relatório sobre o ocorrido ao Ministério Público Federal (MPF) para que seja aberto processo criminal. A pena é de três meses a um ano de detenção.
.Outros casos
No Rio Grande do Sul, em fevereiro deste ano, a Justiça concedeu liminar à ONG Organização Nacional de Defesa Animal (Onda), dando guarda provisória de uma pit bull fêmea e seu filhote que teriam sofrido maus-tratos por parte dos donos. A cadela, de cerca de 3 anos, apresentava sintomas de desnutrição.A denúncia anônima foi feita à ONG por telefone e falava de um rapaz que mantinha dois cachorros em péssimas condições de higiene e os maltratava. Os animais foram levados pela ONG antes mesmo que o dono fosse identificado pela Justiça.
Em 2006, um motorista foi preso depois de ter arrastado por seis quilômetros um cachorro amarrado no pára-choque de seu carro. Ele foi detido pela polícia depois de ter sido denunciado por moradores de Itajaí (SC). Testemunhas teriam contado que o cachorro estava com uma corda amarrada no pescoço. O veterinário que socorreu o cachorro disse que o animal estava sendo enforcado.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Maus tratos em feiras

Em porta-malas, animais sofrem com calor e risco de contaminação.Após denúncia, secretaria diz que vai enviar fiscalização.
Uma feira ilegal de filhotes de cães coloca em risco a saúde dos animais e desafia uma lei municipal todos os domingos nos arredores do Parque Villa Lobos, na Zona Oeste de São Paulo. Mesmo com tempo seco e calor de 27°C como registrado neste fim de semana, cachorrinhos de diversas raças eram expostos em porta-malas de carros por preços entre R$ 250 e R$ 3 mil.
A lei municipal 14.483, sancionada em julho de 2007, diz que a venda de cães e gatos em ruas, praças, parques e áreas públicas é proibida e as penalidades vão de advertência à multa de R$ 1 mil a R$ 500 mil. Ela prevê ainda que, mesmo em pet shops, os animais não podem ficar expostos por mais de seis horas e não devem ter contato com os frequentadores do estabelecimento.
Apesar de a legislação estar em vigor há dois anos e recentemente a Prefeitura ter anunciado medidas a favor da posse responsável, tanto a Secretaria de Coordenação de Subprefeituras quanto o Centro de Controle de Zoonoses não têm informações sobre apreensões ou multas neste período no local.
Na região das avenidas Professor Fonseca Rodrigues e Queiroz Filho, o G1 localizou aproximadamente 20 carros. Dentro dos veículos, animais dividem espaço com alto-falantes e outros objetos à espera de um dono. Postados ao lado dos carros, criadores dizem garantir a saúde e a origem dos animais, mas permitem atitudes que colocam os bichos em risco. Apenas dois vendedores demonstraram cuidados em relação à higiene. Em um dos carros, a dona dos filhotes pediu para que não deixasse o filhote lamber as mãos do interessado na compra e outra ofereceu álcool em gel, caso quisesse fazer carinho no cachorro. Nos demais casos, os animais podiam ser manipulados à vontade.
Segundo o veterinário Wilson Grassi, diretor de bem-estar da Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais (Anclivepa), o contato com clientes e outros animais pode transmitir doenças para os filhotes. “A mão pode ser um veículo de transmissão de doença. O álcool ajuda, mas não resolve. Ele pode pegar doença direto do ambiente, do ar. Se um cachorro espirra, pode transmitir aos cachorros ao redor”, explica Grassi. Entretanto, o que mais assusta o especialista é o calor e o improviso na exposição dos animais. “Eles podem ficar sem água, no sol, sem comida, e, invariavelmente, podemos encontrar cachorros com viroses incubadas”, alerta Grassi. Segundo ele, a alta temperatura pode levar à hipertermia, à desidratação e a desarranjos intestinais. “É contra lei [a feira] porque não oferece condições mínimas de bem-estar”, afirmou.

Sem apreensões
Segundo a veterinária responsável pelo setor de vistoria zoosanitária do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Solange Germano, nenhuma apreensão foi feita depois que a lei 14.483 foi regulamentada. O CCZ é o órgão responsável pelas apreensões e trabalha em ações conjuntas com as subprefeituras. "Já estivemos três ou quatro vezes na região desde 2007 e a única apreensão feita foi antes da lei ser regulamentada", afirma Solange. A Secretaria das Subprefeituras informou, após ser procurada pela reportagem, que vai acionar a Subprefeitura da Lapa para realizar a fiscalização nas imediações do parque.

Compra segura
Na compra de um cão, uma série de procedimentos devem ser verificados. Os cachorros têm que ter microchip, que identifica o animal e serve como registro, as vacinas têm que estar em dia, eles só podem ser retirados de perto da mãe depois de 60 dias de vida, entre outras medidas.
Uma dica importante é procurar o local adequado. “Não compre na feira. No pet shop, com muitas ressalvas. Compre direto do canil, visite a criação, conheça o pai, a mãe [do cachorro] e o ambiente”, aconselha o veterinário.
Outra possibilidade é a adoção. “Temos milhares de animais sem dono, passando frio e fome. Em uma situação dessas não deveríamos estimular a compra”, diz Grassi. A Prefeitura mantém um
site para quem pensa adotar um animal. O serviço é gratuito.
Materia retirada do site http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL1261355-5605,00-FEIRA+EXPOE+FILHOTES+DE+CAES+A+MAUSTRATOS+E+INFRINGE+LEI+EM+SP.html .

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Free Me - Goldfinger

Fundadoras da Ong Amigos da Onça cantando Free Me, do Goldfinger.



Tradução:

Liberte-me.
Eu não pedi pra você me tirar daqui
Eu não pedi para ser quebrado
Eu não pedi para acariciar meu cabelo
Você trata-me como um solo sem valor
Mas minha pele é rosa e minha mente é forte
eu sou construido como meu pai foi
eu nao fiz nada de errado
Então liberte-me
Eu só quero sentir o que a vida deveria ser
Eu só quero espaço suficiente
Para girar ao redor
E enfrentar a realidade
Então liberte-me
Quando você vai se dar conta
Você só está errado você não pode nem pensar por si mesmo
você não pode fazer àcima de sua mente
Assim minha mente é uma jaula
Eu odeio toda a maldita raça humana
Que diabos você quer de mim?
me mate se você não sabe
Ou liberte-me
Então liberte-me
Eu só quero sentir o que a vida deveria ser
Eu só quero espaço suficiente
Para girar ao redor porque voces estao todos %#&*@
Algum dia talvez você me trate como você.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Os animais também tem sentimentos.

Têm sido muito frequentes os casos de maus-tratos para com os animais, assim como os casos de abandono, negligência, indiferença e toda a espécie de actos que conduzem a consequências de flagrante desrespeito para com a vida animal.Reportamo-nos principalmente aos mamíferos de quatro patas, nomeadamente aos vulgarmente chamados animais de companhia: os cães e os gatos. Quem teve ou tem um animal destes por companhia sabe decerto que este tipo de atrocidades cometidas ocorrem frequentemente e a ritmo diário em maior número do que seria de esperar. Infelizmente, muitos são os cães e gatos carentes que vagueiam abandonados pelas ruas à espera de um gesto de carinho, de um alimento, de um lugar quente para poderem pernoitar.
E esta realidade cruel não pára de aumentar, se considerarmos os números tendencialmente crescentes de recolhas que os canis municipais fazem e dos animais que mantêm em cativeiro até chegar a hora do terrível destino que é a morte por abate.

Em canis municipais do país encontram-se, não raras vezes, situações deploráveis de más condições de tratamento para com os quatro patas, seja em questões básicas como a alimentação, higiene e resguardo, pois a única coisa que têm é uma cela fria de um canil para dormir. Como se não bastasse, são muitos cães na mesma situação e sentem o que qualquer um sentiria num lugar atroz, ameaçador e terrífico. Os cães também sentem ansiedade e, nesses lugares, onde não têm carinho, nem atenção constante, pressentem que o destino não é nada bom.
Sentem a problemática de ausência quando um companheiro da cela do lado parte... Sentem o isolamento e a questão premente de quando chegará a vez deles serem levados, talvez na esperança de saírem dali para poderem correr em liberdade. Mas a irritabilidade instala-se devido à incerteza que sentem, pois sabem não tornam a ver os seus companheiros que partiram e a pessoa que os leva é, não raras vezes, fria e insensível, sem gestos de carinho ou piedade para com eles.
Pressentem o perigo pelo faro, pelo tacto, pela ausência de afecto.

Recebem visitas de vez em quando e no pensamento canino qualquer humano que seja diferente do habitual é um sinal de esperança e aviso em simultâneo. Pretendem dizer: “Tira-me daqui, leva-me embora, liberta-me!” E tantas vezes essa esperança se torna vã quando não vão com essa pessoa que está de passagem. Por vezes essa pessoa escolheu um cachorro bebé, ou então gostou mais de um cão aproximado dos de raça, ao invés deste amigo rafeiro, ou então ainda vai-se embora sem libertar nenhum, pois de tão maltratados que estão prefere comprar um animal que seja aparentemente mais saudável...

E tantas vezes ele e os outros companheiros ladram sem parar, sendo-lhes apenas atirados os pratos de ração que, muitas vezes, não comem porque estão demasiado tristes para comer. Tal como as pessoas, os animais também têm sentimentos. Sentem o vazio, sentem quando alguém os tratou mal ou bem, sentem-se agradecidos quando alguém faz alguma coisa por eles e vingam-se quando são ignorados e desprezados...
Há pessoas a trabalhar nesses canis para abate que até são sensíveis e se esforçam por dar condições o mais dignas possíveis aos animais até à chegada da sua hora. Zelam pelo seu agasalho, fazem-lhe umas festas de mimo com piedade, acompanham-nos até ao seu momento final, mas não podem mudar o seu destino mais certo e imposto ali. São impotentes para lutar contra uma lei que vigora e que a muito custo algum dia será abolida que é a lei de abate em Portugal. O canil municipal é o inimigo público número um do cão. É nele que a ameaça da morte paira no ar e é de vigência permanente, a não ser que alguém o salve e o adopte.

Infelizmente são muito poucas as pessoas que conhecem esta triste realidade e que não lhes chega a informação necessária para saber como vivem os cães naquelas situações e quantos cães chega a ter um canil municipal para adoptar... O canil municipal de Lisboa é uma das raras excepções que mostra os animais que estão para adoptar numa página na Internet, como se pode ver em http://www.cm-lisboa.pt/servicos/dmis/dhurs/. Mas a maior parte deles não revela quantos animais tem em sua posse, qual o estado deles, quantos foram adoptados, etc...
Têm várias dezenas de animais e quanto maiores forem as instalações desse canil municipal, mais são os que mantêm em cativeiro. E os cães aparecem tristes, abatidos, sofrem tantas vezes de emagrecimento súbito, de irritabilidade constante, de ansiedade extrema e até, não raras vezes, de fobias... Nestes casos, por vezes, acontece o pior. Os cães ficam agressivos, porque não têm outra solução senão lutar contra o mundo cruel. É por isso que abandonar um animal traz consequências horríveis para o próprio animal, o homem e a sociedade em geral.

Enquanto não se travarem os abandonos em massa e não se punirem eficazmente as pessoas que os abandonam e maltratam, a realidade nos canis municipais não acaba. E enquanto a lei do abate não for alterada ou abolida o destino de cães em canis não se altera. É preciso mudar mentalidades, denunciar actos de violência e de indiferença para com os próprios animais, pois isso viola claramente os Direitos Universais do Animal, proclamados pela UNESCO!
Mas enquanto as próprias instituições não mudarem as suas atitudes, os particulares, ao verem os maus exemplos, acham que não fazem mal nenhum em deixar um animal numa praia a deambular só porque já não se acham com vontade de o manter. Acham que não fazem mal nenhum se o deixarem num poste amarrado só porque vão só ali ao café e já voltam, e tantos outros casos que se poderiam descrever que revelam a negligência das pessoas para com os animais em Portugal...
E porque os animais também têm sentimentos, nunca abandones o teu animal de estimação! E quando pensares adoptar um cão ou gato, escolhe um que esteja num canil municipal. Ele ser-te-á grato o resto da vida!

http://www.centrovegetariano.org/Article-337-Os%2Banimais%2Btamb%25E9m%2Bt%25EAm%2Bsentimentos.html

terça-feira, 4 de agosto de 2009

DENUNCIE !

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Os animais pensam e sentem?

- Os animais pensam e sentem?

O nosso cérebro é um dos maiores cérebros, relativamente ao tamanho de nossos corpos. No entanto "tamanho não é documento"! O Cérebro humano pesa cerca de 1.5 kg com cerca de 100 milhões de neurônios em suas tramas neurológicas. Se tamanho fosse documento, ficaríamos surpresos ao nos depararmos com o cérebro de uma Baleia cujo cérebro varia em peso entre 9 kg e 12 kg. Um golfinho tem seu cérebro com peso semelhante ao do nosso. O peso do cérebro deste animal é algo ao redor de 1.8 kg, mas o interessante é ressaltar que estes mamíferos marinhos possuem mais neurônios que nosso cérebro, isto é 3 vezes mais. Os golfinhos possuem cerca de 300 milhões de neurônios.

Se formos nos basear nos tamanhos relativos, há espécies em vantagem sobre nós: Os macacos-prego, por exemplo, tem seu cérebro relativamente maior do que o nosso. Se tivéssemos a mesma proporção dos macacos-pregos, teríamos nosso cérebro quase 2 vezes maior. Alguns cientistas dizem que os Papagaios tem inteligência idêntica à de um golfinho (Revista Corpo e Mente março de 2007). Ora se são os papagaios tão inteligentes quanto os golfinhos, então são possuidores de uma inteligência admirável. Isso talvez prove que os papagaios não sejam apenas imitadores, mas entendem o que dizem.

Dizem que nem sempre os seres humanos foram dotados desta inteligência que possuímos hoje. Existe uma teoria cientifica, não provada, que diz que o cérebro humano se desenvolveu em função do consumo de carne ao longo de nossa evolução. Se esta teoria fosse válida, cremos que outros animais consumidores de carne, que surgiram em nosso planeta antes dos humanos, seriam, teoricamente mais inteligentes, que nós. Se tamanho relativo fosse sinônimo de maior inteligência, os macacos pregos estariam no comando do planeta. Parece-nos que não existem graus de inteligências, mas formas de inteligências, que independem da forma e do tamanho do cérebro.

Segundo um artigo cientifico do jornal "Folha de São Paulo" de 11 de março de 2007, alguns animais possuem cérebros de mesmo tamanho, mas possuem habilidades e capacidades de aprendizados diferentes. Os cérebros de animais com mais giros e sulcos tem maior número de células, mas isso não significa maior inteligência, apenas uma diversidade de inteligências. Estas dobrinhas formadas no cérebro existem como uma medida de economia de espaço, isto é, existem mais células em menor espaço. Se não existissem estes dobrinhas em no nosso cérebro, por exemplo, e se fossem lisos, teríamos cérebros enormes e conseqüentemente cabeças descomunais.

O córtex pré-frontal humano, que corresponde à área dos pensamentos não é maior, proporcionalmente, do que de qualquer outro primata. Isso mostra que não é a proporção de massa cinzenta que determina a capacidade intelectual do ser. Deve haver outras variáveis. O nosso cérebro, como salientamos anteriormente, possui cerca de 100 milhões de neurônios. O nosso é um dos mais concentrados de neurônios da natureza, que determinam nossas habilidades cognitivas e intelectuais, como conhecemos. Entretanto os golfinhos têm 3 vezes mais e não são como nós. Parece, então que existem diferentes tipos de inteligências. Isso não significa que sejam maiores ou melhores ou piores entre si, mas tão somente são diferentes. Nós temos algumas habilidades próprias de nossa raça, mas não significa que os demais animais sejam ininteligentes. Cada espécie animal possui habilidades próprias de seu grupo. Nós, por exemplo, não temos sonares em nossos cérebros como os golfinhos, mas eles não conseguem jogar vídeo games. Mas não devemos nos orgulhar de podermos nos divertir com estes jogos virtuais, pois porcos e macacos, como chimpanzés e orangotangos jogam e se divertem. Temos habilidade para nadar 100 metros em menos de 1 minuto, mas não conseguiríamos fazer o que os golfinhos fazem dentro da água. Nosso cérebro nos facilita a nossa comunicação e o nosso entendimento entre nós mesmos através da fonação, mas os outros animais também possuem habilidades comunicativas, sociais e cognitivas, próprias de cada espécie, que causariam certa sensação de inferioridade diante deles. Os golfinhos se comunicam por telepatia, bem como os hipopótamos. O biólogo Rupert Sheldrake afirma que esta forma de comunicação é corrente entre os animais, no entanto não temos esta habilidade.
Em um experimento feito no Japão, os chimpanzés deram uma lição aos Universitários americanos ao acertarem 80% dos testes de memória, enquanto os seres humanos acertaram 20% com grandes dificuldades.
Como podemos perceber, os animais não são destituídos de inteligência. Ao contrário, são dotados de grande inteligência, mas que diferem da nossa. Nunca se verá um cão planejando a construção de um prédio, mas também não se verá seres humanos se orientando pelo magnetismo terrestre apresentando memórias surpreendentes como a de uma espécie de ave que esconde 30 mil sementes, para se alimentar no inverno e as encontra, uma a uma sem passar duas vezes no mesmo local.
Assim estaríamos cometendo um grande engano considerando os animais como seres estúpidos e em função disto nos apropriarmos de suas liberdades, tornando-os nossos escravos. Não temos este direito.
Quando os seres humanos se convencerem de que todos os animais são seres sensíveis e inteligentes, o mundo terá dado um grande passo em direção a nossa própria evolução. Enquanto isso não acontece, nós, que pretendemos levar conhecimento aos que se dispõem a nos ouvir, vamos nos esforçando para mostrar que os animais são nossos irmãos e não nossos escravos.

Marcel Benedeti
Medico veterinário

Pesquisar neste blog